Revelado durante o Salão do Automóvel de São Paulo, que aconteceu entre os dias 10 e 20 de novembro, o novo Fiat Mobi Drive está sendo apresentado para a imprensa nesta semana e se prepara para fazer sua estreia na rede de concessionárias da montadora no País. Trata-se de uma nova versão do hatch subcompacto que usa o inédito motor 1.0 litro três cilindros da família Firefly, já usado pelo Uno na linha 2017.
De acordo com o divulgado da Fiat, o novo Mobi Drive com o motor 1.0 Firefly “passa a estabelecer novos paradigmas no mercado nacional: ele é o veículo mais econômico do Brasil entre os equipados com motor 1.0 aspirado”. Além disso, o carro é o que oferece o maior torque entre os modelos da categoria.
Fiat Mobi Drive – visual
Na parte estética, o novo Fiat Mobi Drive segue a mesma linha das demais versões, sendo que a única diferença fica por conta do nome “Drive” estampado na tampa do porta-malas. O carro é marcado pelos enormes faróis espichados na dianteira da carroceria, que formam conjunto com a grade com dois filetes horizontais escurecidos, além do para-choque frontal com tomada de ar interligada aos faróis de neblina.
As laterais exibem vincos marcantes nas extremidades dos faróis e das lanternas traseiras e linha de cintura elevada. Por fim, a traseira do Fiat tem lanternas horizontais e tampa do porta-malas inteiramente em vidro e acabamento em preto.
Já o interior, por se tratar de um carro de entrada, o acabamento é predominantemente em plástico: as portas não dispõem sequer de uma pequena área em tecido. O painel tem plástico texturizado, saídas de ar arredondadas nas extremidades e verticais na parte central, painel de instrumentos com tela digital ao centro e detalhes em preto brilhante.
Fiat Mobi Drive – equipamentos
Entre os equipamentos de série, o novo Mobi Drive traz como destaque a direção elétrica (nos demais modelos há direção hidráulica) com a função City, ativada por meio de um botão no painel, que reduz ainda mais a necessidade de esforço durante as manobras e é desativada automaticamente em velocidades maiores. Há ainda painel de instrumentos com tela LCD, com funções como velocímetro digital, econômetro, trip A e B, alerta de lâmpadas queimadas, temperatura, número de horas em funcionamento do motor, entre outros.
Nos demais equipamentos, o carro oferece ar-condicionado, chave canivete com telecomando, vidros elétricos nas portas dianteiras e trava elétrica nas quatro portas com função one touch e antiesmagamento, limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro, abertura interna da tampa do tanque de combustível e do porta-malas, volante com regulagem de altura, cintos de segurança dianteiros com regulagem de altura, banco traseiro bipartido, cargo box, lane change, ESS, sinalização de frenagem de emergência, e pneus “superverde”.
Como opcional a Fiat passa a dispor do Live On (por R$ 4.650), que consegue transformar um smartphone comum na central multimídia do veículo, que pode ser acessada pela própria tela do aparelho ou pelo volante multifuncional através de conexão Bluetooth. Com esse recurso, o painel do carro ganha um suporte retrátil com acabamento em preto brilhante e entrada USB, que pode ser usada para carregar a bateria do aparelho.
O Fiat Live On dispõe de aplicativos de trânsito e de músicas como o Spotify, rádios, fotos, internet e realizar e receber chamadas e acessar alguns aplicativos que auxiliam o motorista, como o EcoDrive, que orienta a dirigir o veículo com mais economia de combustível e redução de emissões, e o Onde Parei?, que informa o último local em que o veículo foi estacionado.
A lista de opcionais inclui também sistema de som Connect com Bluetooth e entradas USB e auxiliar, retrovisores elétricos com Tilt Down e luz de seta integrada, sensor de estacionamento traseiro, volante multifuncional, faróis de neblina, alarme com telecomando, console de teto com espelho auxiliar e rodas de liga leve 14 polegadas, que formam um pacote por R$ 4.500. Há ainda bancos com acabamento premium, porta-óculos, porta-revistas nos encostos dos bancos dianteiros, apoio para o pé e detalhes com acabamento em preto brilhante.
Fiat Mobi Drive – motorização
O motor que equipa o Mobi Drive é fabricado na planta de Betim (MG) e é oriundo de um projeto global do grupo FCA, visando atender as necessidades dos clientes brasileiros e latino-americanos. Essa unidade é dotada de duas válvulas por cilindro, que segundo a marca oferece torque elevado e consumo otimizado, válvulas de admissão responsáveis pela aspiração da mistura ar-combustível para dentro dos cilindros, válvulas de escape que auxiliam a expulsão dos gases resultantes da combustão e sistema de roller finger, que adota um rolamento na mesma posição de maior atrito do conjunto, ou seja, no ponto de contato com o came (ressalto do eixo de comando), o que reduz a perda de energia e, com menos força para se movimentar internamente, mais potência e torque sobram às rodas.
A lista inclui ainda sistema de ignição Top Coil, que possui uma bobina por cilindro (ligada diretamente sobre as velas), aumentando a velocidade e a estabilidade da combustão, operando com 70 mJ, bomba de óleo de deslocamento variável e que altera seu fluxo de acordo com a necessidade do motor, taxa de compressão de 13,2:1, sistema HCSS (Heated Cold Start System) de partida a frio com pré-aquecimento (que dispensa o tanquinho auxiliar de gasolina), óleo 0W20, bloco e cabeçote em alumínio e corrente do comando de válvulas.
Este propulsor três cilindros da nova versão do Fiat Mobi consegue desenvolver 72 cavalos de potência com gasolina, a 6.000 rpm, e 77 cv com etanol, a 6.250 rpm, e torque de 10,4 e 10,9 kgfm, respectivamente, a 3.250 rpm. Junto a ele está uma transmissão manual de cinco velocidades.
Segundo dados divulgados ela marca, o novo Mobi Drive entrega consumo de 9,6 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada com etanol e 13,7 km/l e 16,1 km/l, respectivamente, com gasolina. Isso representa uma melhoria de aproximadamente 4% em relação às versões equipadas com o velho 1.0 Fire. Já a respeito do desempenho, o hatch consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 12 segundos com etanol ou 12,8 s com gasolina e atingir velocidade máxima de 164 km/h e 161 km/h.
Fiat Mobi Drive – preços
Confira abaixo os preços da linha do Fiat Mobi no Brasil:
Fiat Mobi Easy: R$ 32.380
Fiat Mobi Easy On: R$ 36.340
Fiat Mobi Like: R$ 38.470
Fiat Mobi Like On: R$ 42.930
Fiat Mobi Drive: R$ 39.870
Fiat Mobi Way: R$ 39.890
Fiat Mobi Way On: R$ 44.460
Fiat Mobi Drive – impressões ao dirigir
Tuiuti/SP – Andamos no Fiat Mobi Drive em duas situações. A primeira em uma prova de consumo em circuito fechado, onde conseguimos média de 24,4 km/litro, utilizando a faixa ideal de funcionamento do motor 1.0 Firefly, que é entre 2.000 e 2.500 rpm. Na segunda, rodamos em estradas da região, onde conseguimos média de 16,2 km/litro.
Em comparação com o 1.0 Fire, o 1.0 Firefly se mostrou mais esperto nas saídas, apesar das relações de marchas voltadas para economia de combustível. O pequeno propulsor de três cilindros mostra mais disposição rodando em estrada. Em um pequeno trecho urbano, com direito à lombadas, o Fiat Mobi Drive também está mais ágil que as demais versões.
Com indicador de marchas, o Fiat Mobi Drive pede trocas a partir de 3.000 rpm e condução normal, mas em ultrapassagens, é necessário elevar bastante o giro, alcançando 4.500 rpm. As retomadas são melhores que as do Fire 1.0, mas ainda assim é necessário atenção na hora de ultrapassar. Em velocidade de 110 km/h, a rotação atinge 3.100 rpm. O nível de ruído interno é adequado e semelhante ao do Fire. Não houve mudanças nos demais parâmetros do veículo.
Fiat Mobi Drive – ficha técnica
Fiat Mobi Drive | |
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Motor | |
Posição | Transversal, dianteiro |
Número de cilindros | 3 em linha |
Diâmetro x curso | 70,0 x 86,5 mm |
Cilindrada total | 999,0 cm³ |
Taxa de compressão | 13,2:1 |
Potência máxima/regime | 72 cv / 6.000 rpm (gasolina) 77 cv / 6.250 rpm (etanol) |
Torque máximo/regime | 10,4 Kgfm / 3.250 rpm (gasolina) 10,9 Kgfm / 3.250 rpm (etanol) |
Número de válvulas por cilindro | Duas no cabeçote |
Eixo de comando de válvulas | Um no cabeçote |
Alimentação | |
Tipo | Magnetti Marelli, eletrônica digital incorporada ao sistema de injeção |
Combustível | Gasolina/Etanol |
Injeção eletrônica | Magnetti Marelli, multiponto, sequencial |
Câmbio | |
Número de marchas | 5 à frente e uma à ré |
Relações de transmissões | 1ª – 4,273 2ª – 2,316 3ª – 1,444 4ª – 1,029 5ª – 0,795 Ré – 3,909 |
Relação de transmissão do diferencial | 4,200 |
Tração | Dianteira com juntas homocinéticas |
Sistema de freios | |
De serviço | Hidráulico, comando a pedal com ABS e EBD |
Dianteiro | A disco (Ø de 257 mm) com pinça flutuante |
Traseiro | A tambor (Ø de 185 mm) com regulagem automática |
Suspensão dianteira | |
Tipo | Mc Pherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores |
Amortecedores | Hidráulicos, telescópicos de duplo efeito |
Elemento elástico | Mola Helicoidal |
Suspensão traseira | |
Tipo | Eixo de torção com rodas semi independentes |
Amortecedores | Hidráulicos, telescópicos de duplo efeito |
Elemento elástico | Mola Helicoidal |
Direção | |
Tipo | Elétrica com pinhão e cremalheira |
Diâmetro mínimo de curva | 9,96 m |
Rodas | |
Aro | 5,5JX14 em chapa de aço |
Pneus | 175/65 R14 |
Peso do veículo | |
Em ordem de marcha | 945 Kg |
Capacidade de carga | 400 Kg |
Capacidade máxima rebocável | 400 Kg |
Dimensões | |
Comprimento do veículo | 3.566 mm |
Largura do veículo | 1.633 mm |
Altura do veículo (vazio) | 1.502 mm |
Distância entre-eixos | 2.305 mm |
Bitola dianteira | 1.406 mm |
Bitola traseira | 1.400 mm |
Altura mínima do solo | 156 mm |
Volume do porta-malas | 215 litros |
Tanque de combustível | 47 litros |
Desempenho | |
Velocidade máxima | 161 km/h (Gasolina) / 164 km/h (etanol) |
0 a 100 km/h | 12s8 (gasolina) / 12s0 (etanol) |
Consumo | |
Ciclo urbano | 13,7 km/litro (gasolina); 9,6 km/litro (etanol) |
Ciclo rodoviário | 16,1 km/litro (gasolina); 11,3 km/litro (etanol) |